Os termos cloud computing e computação nas nuvens são relativamente recentes, como você já sabe, mas se analisarmos bem, veremos que a ideia não é, necessariamente, nova. Serviços de e-mail, como Gmail e Yahoo! Mail; "discos virtuais" na internet, como Dropbox ou OneDrive; sites de armazenamento e compartilhamento de fotos ou vídeos, como Flickr e YouTube. Todos são exemplos de recursos que, de certa forma, estão dentro do conceito de computação nas nuvens.
Note que todos os serviços
mencionados não são executados no computador do usuário, mas este pode
acessá-los de qualquer lugar, muitas vezes sem pagar licenças de software. No
máximo, paga-se um valor periódico pelo uso do serviço ou pela contratação de
recursos adicionais, como maior capacidade de armazenamento de dados. Podemos
citar outros serviços que incorporam claramente o conceito de cloud computing
como: Office Online, iCloud, Google Apps, Amazon, Netflix.
Nuvem privada (private cloud)
Até agora, tratamos a computação nas nuvens como um sistema composto de duas partes: o provedor da solução e o utilizador, que pode ser uma pessoa, uma empresa ou qualquer outra organização. Podemos entender esse contexto como um esquema de nuvem pública. No entanto, especialmente no que diz respeito ao segmento corporativo, é possível também o uso do que se conhece como nuvem privada.
Do ponto de vista do usuário, a nuvem privada (private cloud) oferece praticamente os mesmos benefícios da nuvem pública. A diferença está, essencialmente, nos "bastidores": os equipamentos e sistemas utilizados para constituir a nuvem ficam dentro da infraestrutura da própria corporação.
A necessidade de segurança e
privacidade é um dos motivos que levam uma organização a adotar uma nuvem
privada. Em serviços de terceiros, cláusulas contratuais e sistemas de proteção
são os recursos oferecidos para evitar acesso não autorizado ou
compartilhamento indevido de dados. Mesmo assim, uma empresa pode ter dados
críticos por demais para permitir que outra companhia responda pela proteção e
disponibilização de suas informações. Ou, então, a proteção oferecida pode
simplesmente não ser suficiente. Em situações como essas é que o uso de uma
nuvem privada se mostra adequado.
Uma nuvem privada também pode oferecer a vantagem de ser "moldada" com precisão às necessidades da companhia. Empresas como Microsoft, IBM e HP oferecem soluções para nuvens privadas. As organizações interessadas devem, todavia, contar com profissionais ou mesmo consultoria especializada na criação e manutenção da nuvem, afinal, uma implementação mal executada pode interferir negativamente no negócio.
Os custos de equipamentos, sistemas e
profissionais da nuvem privada poderão ser elevados no início. Por outro lado,
os benefícios obtidos a médio e longo prazo, como ampla disponibilidade,
agilidade de processos e os já mencionados aspectos de segurança compensarão os
gastos, especialmente se a implementação for otimizada com virtualização,
padronização de serviços e afins.
Nuvem híbrida (hybrid cloud)
Para a flexibilização de operações e
até mesmo para maior controle sobre os custos, as organizações podem optar
também pela adoção de nuvens híbridas. Nelas, determinadas aplicações são
direcionadas às nuvens públicas, enquanto outras, normalmente mais críticas,
permanecem sob responsabilidade de sua nuvem privada. Pode haver também
recursos que funcionam em sistemas locais (on premise), complementando o que
está nas nuvens.
Perceba que nuvens públicas e privadas não são modelos incompatíveis entre si. Não é preciso abrir mão de um tipo para usufruir do outro. Pode-se aproveitar o "melhor dos dois mundos", razão pela qual as nuvens híbridas (hybrid cloud) são uma tendência muito forte nas corporações.
A implementação de uma nuvem híbrida
pode ser feita tanto para atender a uma demanda contínua quanto para dar conta
de uma necessidade temporária. Por exemplo, uma instituição financeira pode
integrar à sua nuvem privada um serviço público capaz de atender a uma nova
exigência tributária. Ou então, uma rede de lojas pode adotar uma solução
híbrida por um curto período para atender ao aumento das vendas em uma época
festiva.
É claro que a eficácia de uma nuvem híbrida depende da qualidade da sua implementação. É necessário considerar aspectos de segurança, monitoramento, comunicação, treinamento, entre outros.
Esse planejamento é importante para
avaliar inclusive se a solução híbrida vale a pena. Quando o tempo necessário
para a implementação é muito grande ou quando há grandes volumes de dados a
serem transferidos para os recursos públicos, por exemplo, seu uso pode não ser
viável.
Em breve citaremos alguns cuidados e recomendações de segurança. Até lá!
Vídeo: Como armazenar arquivos na nuvem
Fontes:
http://www.infowester.com/cloudcomputing.phphttp://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=2171
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologias_da_informa%C3%A7%C3%A3o_e_comunica%C3%A7%C3%A3o
http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/communication-and-information/access-to-knowledge/ict-in-education/
http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/defini%C3%A7%C3%A3o-de-conte%C3%BAdo-digital-em-computa%C3%A7%C3%A3o-em-nuvem
Boa noite! Observei várias informações neste post.
ResponderExcluirSou usuária da nuvem pública, um dos casos em que ela me foi muito útil foi na perda do meu celular e junto com ele minhas fotos. No entanto, ao comprar um novo aparelho, fazer meu login e etc, recuperei as fotos, pois estavam todas salvas na conta do google. Achei fundamental este recurso.
Estou na espera por novidades.
Abraço.
Boa tarde Paula Maciel. Seu comentário está correto! O grande sucesso dos smartphones se deve principalmente ao fato de estarem conectados a essa nuvem, uma vez que implementam os conceitos de “anytime, anywhere e anything”. E como a maioria dos fabricantes disponibiliza uma variedade imensa de serviços grátis, o consumidor é beneficiado. Claro que tomando os devidos cuidados de segurança como no seu exemplo tudo fica melhor Rssssrs. Obrigado e em breve publicaremos algumas recomendações de segurança na computação em nuvem.
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